
E o ladrão és tu,que expõe, que entrega e denuncia. Tu que se diz inocente e acusa a tantos culpados, que grita, chora e lamenta os fardos pesados, que perece no próprio julgamento. Tão inocente quanto culpado. E nas lamúrias e nas dores não encontra razão. Tu que vaga sem sentido, que a alma padece confusa e não enxergas mais nada além das formas difusas.. Tu que sangra, suspira, respira, caminha, rasteja, implora, que sufoca-se em poucas palavras, afoga-se no vazio que ocupa dentro de si. Tu de carne, osso e sentimento, tão dono do destino e tão perdido nos próprios mapas. Tu que tanto buscas e não chega, que tanto fala e não acha resposta. Que não escuta a própria voz... Cala-te.
Ig Ferreira
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